sexta-feira, 14 de novembro de 2014

sábado, 11 de outubro de 2014

Lerneose ( Verme Âncora)





Fisiopatologia :1- Efeitos nas brânquias: lesões com perda da arquitetura branquial e redução da sua função devido a atividade alimentar do parasita. Pode ocorrer ainda oclusão temporária, ou permanente da circulação pela fixação do parasita. O tecido branquial pode ainda sofrer necrose e desintegração local, ou difusa.
2- Efeito na pele : fixam-se apenas sobre a pele e causam destruição de escamas e células mais superficiais. No local de fixação surge uma lesão que permanece mesmo depois do desprendimento do parasita. Há irritação local e inflamação. Em infestações mais intensas onde as lesões são mais graves pode ainda ocorrer problemas de osmorregulação provocados pela perfuração do tegumento. Infecções bacterianas secundárias são algumas das complicações deste tipo de parasitismo.
3- Efeitos gerais: freqüentemente há uma perda de peso do hospedeiro. Peixes infestados por ectoparasitas sofrem de constante irritação na superfície do corpo e são obrigados a conviver com esta situação estressante. É possível observar mudanças no comportamento de peixes parasitados, pois estes freqüentemente tentam se livrar destes parasitas ao realizar fricção contra objetos duros, pedras, etc...




Tratamento:
 a) Remoção manual com pinça cirúrgica. No caso da lernea as lesões são mais profundas sendo necessário um banho com solução de Permanganato de Potássio e posterior remoção dos parasitas fixados. Outra alternativa é instilar um solução hipertônica com Cloreto de Sódio(Rinosoro Hipertônico 3%) sobre o parasita. Isto facilita a sua remoção com a pinça. . A remoção manual não significa que não há necessidade de tratamento com medicamentos. Esta serve apenas para interromper os danos diretos que o parasita ocasiona ao peixe enquanto o tratamento está em execução.
b)Medicamentos na ração: Vitosan
c)Produtos para banhos de imersão : Anchor away/PondRx.
Diflubenzuron / Trichlorfon / Malathion
d)Banhos rápidos de imersão com Cloreto de sódio 5% durante 60 segundos.
Repetir este banho duas a três vezes.Pode-se também adicionar formalina 10%.
Imagens de peixes infectados:





Permanganato de Potássio no Tratamento de Doenças

O Permanganato de Potássio é um álcali cáustico (KMnO4), que oxida a matéria orgânica, não sendo assim um remédio, mas um agente oxidante e desinfetante de amplo espectro. Age com excelentes resultados para desinfetar plantas, troncos, pedras e peixes adquiridos de fora. Um simples banho de 10 minutos. O Permanganato de Potássio quando usado nas dosagens corretas é muito menos tóxico do que outros tipos de tratamento como antibióticos que interferem na biologia da água. Ele é considerado o complemento perfeito para tratamentos à base de sal como forma de atuar em doenças de peixes de um modo geral .

O Permanganato de Potássio dissolvido na água forma o íon permanganato (MNO4-) e o dióxido de manganês (MnO2). Essa reação liberta dois átomos de oxigênio que reagem agressivamente com outras moléculas orgânicas, alterando suas estruturas e propriedades. Esses íons de permanganato matam parasitas oxidando suas barreiras de células. Já o dióxido de manganês, forma complexos de proteína que atacam o sistema respiratório dos parasitas, matando-os.
usado nos seguintes casos
Infecções por bactérias, que é uma das maiores incidências em qualquer peixe;
Infecções por fungos e diversas outras, tais como: Saprolegnia, Costia, Chilodinella, Ichtio, Trichodina, Gyradactylus, Dactylogyrus, Argulus, Lernea, Columnaris, Aeromonas, Pseudomonas.
Sugiro uma troca de 50% da água antes de usar o Permanganato de Potássio para que o resultado final seja eficaz. Nos casos especificos de Argulus, Lernea, Costia e Chilodinella, somente teremos bons resultados com banhos de imersão de 10 a 25 ppm (parte por milhão) durante 60 minutos.

O Permanganato de Potássio também é muito indicado no tratamento de Columnaris, Aeromonas e a infecções por fungos. Contra Icthio a dosagem é de 1 ppm (1 mg/l), sendo que esse tratamento é menos tóxico para os peixes do que o tradicional Sulfato de Cobre.
Dosagem
Temos que tomar certos cuidados no uso do Permanganato de Potássio, pois o mesmo é prejudicial por ingestão, absorção pela pele e também por inalação. Se possível usar luvas no seu manuseio. Ele mancha a pele, deixando-a marrom por até 12 horas. Alertamos que o uso do Permanganato de Potássio não deve ser utilizado quando o pH estiver muito alto (acima de 8.0).

No caso de uso de uma dosagem acima do indicado, em que os peixes passam a se movimentar de forma anormal, podemos neutralizar os seus efeitos aplicando 15 gotas de Água Oxigenada diretamente no aquário.

É oportuno dizer que, em muitas dessas doenças citadas, o Permanganato de Potássio atua como um agente auxiliar na cura, pela redução do material orgânico, principal órgão disseminador da proliferação de bactérias e também como um agente para evitar infecções secundarias por parasitas.
 
 

Peixe Betta - criação em cativeiro, alimentação, reprodução e principais doenças

O peixe Betta, um dos mais encantadores do mundo, é dotado de extrema beleza, variedade de cores e formas. Dificilmente alguma pessoa não se encantaria com tamanha formosura. O peixe Betta, também conhecido como "peixe de briga", tem sua origem no continente asiático (Tailândia, Indonésia, Vietnã, China e outros).

Inacreditavelmente, os peixes Betta possuem como habitat natural as regiões alagadiças, com águas estagnadas e pobres em oxigênio, como brejos, pântanos e campos de plantação de arroz. Toda essa rusticidade, por sua vez, torna esses peixes adaptados a condições que seriam extremamente indesejáveis para outras espécies. São peixes territorialistas e muito violentos se colocados com outros machos da mesma espécie.

Atualmente, podemos encontrar várias linhagens comerciais em casas especializadas. Estas variedades são o resultado de uma longa seleção feita por criadores e, na maioria das vezes, visando a produção de peixes com características fenotípicas desejáveis, como belas nadadeiras e corpo colorido com reflexos metálicos e iridescentes.

O Betta splendens é  a espécie mais comum dentro do gênero Betta. As linhagens são diferenciadas pela coloração, podendo ser vermelhas, amarelas, pretas e em três tonalidades de azul: metálico, royal e esverdeado, e pelo formato das nadadeiras, que podem ser de cauda redonda, cauda-de-véu, cauda-dupla, cauda super delta, crowntail e halfmoon. No entanto, os peixes Betta não são adquiridos apenas como um instrumento ornamental para os mais diversos ambientes. Atualmente, aqui mesmo no Brasil, os peixes Betta vêm sendo utilizados como controle biológico de mosquitos, como os das espécies Aedes aegypti, no Ceará, e o da Culex quinquefasciatus em Pernambuco.
PEIXES BETTA
As linhagens são diferenciadas pela coloração e pelo formato das nadadeiras
A criação de Bettas é uma atividade simples, podendo ser realizada em pequenos lugares com um baixo custo e com uma boa lucratividade. O emprego de novas tecnologias nas áreas de reprodução, genética e nutrição associado à sua rusticidade e alta prolificidade fazem com que o número de criadores aumente a cada ano. Neste sentido, a criação de Bettas deve ser encarada de maneira profissional, visando sempre a obtenção de melhores índices zootécnicos e maiores rentabilidades.

Criação em cativeiro
Em cativeiro não é necessário forma alguma de suplementação de oxigênio, já que a espécie adaptou-se a condições extremas e rústicas em seu habitat natural. É extremamente resistente a mudanças bruscas na temperatura da água, mas a temperatura ideal é em torno de 27,5 ºC. O pH ideal deve estar entre 6,8 e 7,2 e, por ser o Betta originário de água de baixa dureza, os valores de 10 a 12 dH são considerados ideais.

Alimentação
O Betta é um peixe carnívoro. Aceita desde alimentos vivos, como artêmias, dáfnias, larvas de mosquito, enquitreia e larvas de drosófila, até alimentos in natura ou processados, como carne ou coração raspado, camarão, patês e outros alimentos. Atualmente, utilizam-se diversos tipos e formas de alimentos na criação de peixes ornamentais, que podem ser em conserva, congelados, em forma de ração balanceada dentre outros, mas o alimento vivo vem sempre mostrando maior eficácia. Qualquer sobra de comida deve ser evitada, pois ela apodrece na água, favorecendo, assim, uma queda de imunidade dos peixes e deixando-os susceptíveis à infecção por patógenos oportunistas. Por possuírem a boca voltada para cima, percebe-se que esses peixes tendem a se alimentar com maior facilidade na superfície da água, sendo que os alimentos que flutuam têm uma boa aceitabilidade por eles. Nos primeiros dias de vida, a alimentação deve ser feita várias vezes ao dia e com o cardápio variado. Infusórios, artêmias recém eclodidas, microvermes e gema de ovo são os principais alimentos nessa fase. Muito cuidado com a ração comercial. Ela não poderá, de forma alguma, ser a única alimentação a ser fornecida. Os alimentos citados anteriormente, como os in natura e os alimentos vivos, estimulam o apetite dos peixes, fazendo com que eles cresçam rapidamente e bem saudáveis. Em qualquer fase da criação, a alimentação variada e de boa qualidade é de fundamental importância para o bom desenvolvimento dos Bettas, porém deve-se ter o cuidado com a superalimentação.
PEIXES BETTA
O fundo e a parede de trás pintados de preto tem o objetivo de evitar o estresse durante a reprodução e facilitar a coleta dos ovos
Reprodução
Uma característica interessante dessa espécie é a sua precocidade sexual. Exemplares de três meses, se bem alimentados, ou seja, três vezes ao dia, estão aptos à reprodução. Após três meses e meio de vida, as fêmeas estão aptas à reprodução, apresentando melhor desempenho reprodutivo daquelas que foram as alimentadas duas vezes ao dia. O tamanho do aquário geralmente varia de 10 a 30 litros. Para facilitar o manejo e a manutenção, os menores são mais recomendados. O fundo e a parede de trás pintados de preto tem o objetivo de evitar o estresse durante a reprodução e facilitar a coleta dos ovos quando eles caem no fundo. Para seguir uma determinada linhagem, deve-se procurar um casal parecido (nas características de cores, caudas, formato do corpo, agressividade), mas se a intenção é ousar ou reproduzir somente de forma doméstica, pode-se escolher aleatoriamente. Ambos devem ser ativos, agressivos, apresentarem cores vivas e responderem prontamente quando lhes são oferecidos alimentos.

Doenças causadas por fungos
Sob condições ambientais favoráveis, os peixes são resistentes à maioria dos patógenos, porém, quando submetidos a condições estressantes, essa resistência é quebrada. Após sofrer algum estresse, o sistema imune do peixe fica suprimido, levando a uma queda de resistência, o que favorece a proliferação de patógenos oportunistas, como bactérias, fungos, protozoários e vírus, resultando em doenças e mortalidade. Os primeiros sinais de doenças são geralmente inespecíficos. A falta de apetite, a perda de coloração e o encolhimento das nadadeiras estão presentes em praticamente todas as enfermidades que acometem o peixe Betta. Algumas doenças são mais frequentes, ocorrendo mais na época de inverno, quando a temperatura da água dos aquários chega a ser inferior a 15ºC.

- Ictio (Ichthyophthirius multifiliis) - Trata-se de um protozoário ciliado histófago que se alimenta de células epiteliais e de glóbulos vermelhos. Normalmente, parasitam a pele, as nadadeiras e brânquias, porém, eventualmente, está presente na córnea, na boca e no epitélio do esôfago. É considerado como um dos mais frequentes e patogênicos para os peixes, determinando altas taxas de mortalidade. Os peixes contaminados apresentam perda de apetite e ficam inquietos, raspando seu corpo no fundo e no vidro do aquário. Suas nadadeiras ficam encolhidas, e pequenos pontos brancos são observados nas nadadeiras e na pele. Essa doença é conhecida popularmente como doença dos pontos brancos.

- Oodinium (Oodinium ocelatum) - é um protozoário, flagelado, com ciclo semelhante ao do íctio, podendo se encistar no substrato. Possui um caráter explosivo nos aquários, acometendo geralmente todos os peixes e levando a uma obstrução das brânquias e danos nas nadadeiras. Os peixes contaminados apresentam perda de apetite, dificuldades respiratórias, nadadeiras fechadas raspando no vidro do aquário e fundo. Os peixes ficam recobertos por uma fina malha de minúsculos pontos brancos, como se estivessem encobertos em talco, dando a impressão de um veludo. Popularmente é conhecida como doença do veludo. É uma das doenças mais devastadoras dos alevinos de Betta, devendo o criador ficar atento aos primeiros sintomas para iniciar, o mais rápido possível, os tratamentos necessários.

- Saprolegniose (Saprolegnia sp) - é identificada por seu crescimento micelial branco ou cinza claro com aspecto semelhante a algodão. Pode estar presente nos ovos, brânquias, boca e no tecido epitelial dos peixes, geralmente após alguma lesão anterior. Popularmente é chamada de doença do chumaço de algodão, pois as hifas desses fungos crescem de tal maneira para fora do corpo do peixe que parecem amontoados de algodão. Na criação de Bettas, a incidência dessa doença é relativamente alta, principalmente no período de reprodução. Algumas fêmeas que, durante o acasalamento sofreram algum tipo de lesão causada pelo macho podem desenvolver a saprolegniose. Seus ovos também podem ser acometidos; como prevenção, alguns criadores utilizam antifúngicos na água de reprodução.
PEIXES BETTA
Para seguir uma determinada linhagem, deve-se procurar um casal parecido
Doenças bacterianas
Alguns sintomas, como exoftalmia, hidrópsia, nadadeiras necrosadas, lesões ulcerativas e hemorrágicas nos peixes, sugerem que este foi acometido por uma bacteriose.

- Exoftalmia ( Pop-eye ) -  A exoftalmia ocorre geralmente em peixes que habitam águas com baixa qualidade e sem controle de temperatura. Pode ser decorrente de algum trauma, podendo estar associado a outros sinais clínicos, como a hidrópsia. Os olhos apresentam-se inchados e com o aspecto fosco. É considerada uma afecção de fácil tratamento, e esse ocorre por meio de trocas parciais da água e utilização de antibióticos como a tetraciclina. Quando diagnosticado tardiamente, o peixe pode perder o olho afetado.

- Hidropsia - A hidropsia ocorre quando há retenção de líquidos na cavidade celomática, músculos e pele dos peixes, podendo levar à paralisia dos órgãos afetados. O peixe não consegue eliminar água de seu organismo e fica com o ventre abaulado e com as escamas eriçadas. É uma das enfermidades mais temidas pelos aquaristas por ser de difícil tratamento.
- Necrose das nadadeiras - A necrose das nadadeiras ocorre na sua maioria em peixes jovens submetidos a situações estressantes, como variações de temperatura, excesso de amônia e matéria orgânica na água. As nadadeiras ficam esbranquiçadas e se desfazem. Quando diagnosticada e tratada precocemente com antibióticos, seu prognóstico é bom, podendo ocorrer reconstituição das nadadeiras afetadas.

- Constipação - A constipação intestinal não é provocada por nenhum tipo de parasita, fungo ou bactéria, é o resultado de uma alimentação de má qualidade, em especial quando se utilizam rações peletizadas com baixos níveis de proteína e de consistência muito dura. O uso rotineiro desse tipo de ração faz com que haja um acúmulo no trato digestivo do animal, impedindo sua defecação. Após aproximadamente meses de utilização desse alimento, a cavidade celomática do peixe fica abaulada, ocorrendo a morte em poucos dias. Rações de boa qualidade nutricional e variações na alimentação diária (utilização de alimentos vivos frescos) podem evitar que essa afecção se instale.

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Fonte CPT : http://www.cpt.com.br/cursos-criacaodepeixes/artigos/peixe-betta-criacao-em-cativeiro-alimentacao-reproducao-e-principais-doencas